Conheça o mistério do ”Fantasma de Manzanar”, encontrado na Segunda Guerra Mundial
22/03/2024

PUBLICIDADE

No final de 2019, foi descoberto um esqueleto na Califórnia que mais tarde foi identificado como pertencente a um artista nipo-americano.

Os restos mortais encontrados nesse local podem revelar importantes detalhes sobre um evento específico durante a guerra.

Venha desvendar o mistério do "Fantasma de Manzanar" que remonta à Segunda Guerra Mundial.

Apesar de a Segunda Guerra Mundial ter proporcionado descobertas surpreendentes, é inegável o terror que esse período acarretou.

Mesmo sendo objeto de estudo por numerosos pesquisadores e historiadores, ainda há muitos enigmas não resolvidos.

Encontrando “O Fantasma de Manzanar”

Em outubro de 2019, um esqueleto foi identificado como sendo o de Giichi Matsumura, um artista nipo-americano.

PUBLICIDADE

No entanto, uma vez que o artista e sua família estiveram internados em um campo de concentração, ainda há muitas perguntas sem respostas.

De acordo com a narrativa, Giichi teria saído para fazer uma caminhada com outros internos do campo de concentração e falecido em agosto de 1945.

Naquela época, o artista estava detido em Manzanar, um campo destinado a pessoas de ascendência japonesa.

No dia de sua morte, Giichi teria se separado do grupo para pintar uma paisagem.

Assim, ele estava sozinho quando uma tempestade violenta o surpreendeu repentinamente.

PUBLICIDADE

Após o ocorrido, o artista foi enterrado em uma sepultura simples.

No entanto, muitos detalhes sobre sua morte se perderam ao longo do tempo.

Pelo menos, era o que pensávamos até a descoberta de seu esqueleto.

Próximo ao Monte Williamson, estavam Tyler Hoffer e Brandon Follin, e enquanto continuavam a caminhada, os investigadores encontraram o esqueleto intacto, parcialmente coberto por pedras.

Segundo a Associated Press, o esqueleto estava usando um cinto na cintura, sapatos de couro nos pés e os braços cruzados sobre o peito.

Além disso, os policiais do condado de Inyo pesquisaram os registros locais de pessoas desaparecidas e não encontraram nenhuma correspondência com a descrição do esqueleto.

PUBLICIDADE

 

Entenda como funcionava Manzanar

Mesmo com a história remontando à Segunda Guerra Mundial, a narrativa de Matsumura só viria a ser conhecida na região em 2012.

Naquele momento, um documentário sobre o campo de Manzanar tinha sido filmado no país.

No entanto, nenhum trecho que abordasse a morte do artista foi incluído na versão final do filme, conforme confirmado pelo diretor, Cory Shiozaki.

Assim, sem grandes alardes, a polícia realizou testes de DNA no esqueleto, utilizando uma amostra da neta de Matsumura, Lori.

Segundo Lori Matsumura, os restos mortais de seu avô só poderiam estar nas montanhas.

Pelo menos era o que sua avó sempre lhe contava, enquanto exibia uma foto da pilha de pedras que cobria o corpo dele.

PUBLICIDADE

Além disso, sua tia, Kazue, mencionou que ele era conhecido como "o fantasma de Manzanar".

Até 1945, Manzanar era um dos 10 campos de concentração estabelecidos para confinar pessoas de origem japonesa.

Todos esses campos foram criados pelos Estados Unidos e permaneceram em funcionamento até o final da guerra.

Conforme registros históricos, os prisioneiros costumavam sair furtivamente dos acampamentos para pescar ou para seus passatempos.

O lago da região era da Sierra Nevada.

"Os Matsumura, como muitas famílias detidas durante a guerra, não tinham uma casa ou negócio para retornar e, portanto, permaneceram em Manzanar até o governo fechar o acampamento permanentemente em 21 de novembro de 1945", declarou o gabinete do xerife.

Após anos de busca, a família finalmente pôde encontrar alguma paz com a descoberta do corpo de Giichi.

Atualmente, o acampamento se transformou em um museu e memorial em homenagem àqueles que estiveram detidos em Manzanar.

PUBLICIDADE

AD
Artigo